Concurso da Educação no Acre gera polêmica após boato de prova sem lacre; Banca e MP esclarecem

No último domingo (14), durante a aplicação do concurso público da Educação em todo o Acre, surgiu uma polêmica envolvendo supostas irregularidades nos pacotes de provas. Candidatos que estavam na Escola Bem Fica, no bairro Vila Acre, afirmaram que um dos pacotes foi entregue sem o lacre de segurança. Por conta disso, alguns se recusaram a fazer a prova.

Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra uma representante do Ministério Público do Acre (MPAC) conversando com os candidatos sobre o caso. Ela explicou que três pessoas notaram algo estranho no lacre, mas apenas uma sala decidiu não seguir com o exame. As demais continuaram normalmente. A representante reforçou que os nomes foram registrados e que tudo foi documentado.

A empresa Nosso Rumo, responsável pela organização do concurso, negou qualquer irregularidade. Segundo Paulo Guilherme, representante da banca, o lacre não foi rompido e todo o processo de envio e recebimento das provas seguiu normas rígidas de segurança. Ele explicou que os pacotes vêm com numeração única, código de barras e são rastreados desde a saída de São Paulo até a chegada aos locais de prova.

De acordo com a banca, o que aconteceu pode ter sido um “deslizamento fora do normal” durante a abertura do pacote, mas isso não comprometeu a segurança do material. A ata assinada pelos coordenadores da Secretaria de Educação também aponta que tudo ocorreu dentro da normalidade.

Sobre os candidatos que se recusaram a fazer a prova, a banca afirmou que apenas uma pessoa, que gravou os vídeos divulgados nas redes, não participou do exame. Ela teve sua prova anulada por violar as regras ao romper o lacre do envelope onde estava guardado o celular. Os demais participantes seguiram normalmente com a aplicação.

Ainda segundo a organização, essa mesma pessoa tentou convencer outros candidatos a não fazerem a prova, mas não teve êxito. A empresa destacou que mais de 153 mil pessoas estavam envolvidas no certame, o que reforça a dimensão do concurso.

O Ministério Público acompanhou a situação de perto, lavrou uma ata do ocorrido e garantiu que todas as medidas legais foram tomadas para assegurar a legalidade da aplicação.

Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (14), o secretário de Educação, Aberson Carvalho, descartou qualquer possibilidade de cancelamento do concurso. Ele afirmou que o processo foi transparente e seguro, destacando que mais de 34 mil candidatos compareceram às provas. Segundo o secretário, o problema apontado foi um mal-entendido, já que o lacre da prova é interno — diferente de outras bancas — e só pode ser acessado após a abertura de um envelope externo.

As autoridades seguem monitorando o caso, e a banca reafirma a legalidade e segurança de todo o processo.