Fim de contratos de 237 servidores da Saúde gera alerta e pedidos urgentes por plano de transição

A população do Acre foi surpreendida com uma notícia preocupante: 237 profissionais da Saúde, contratados em caráter emergencial, terão seus contratos encerrados nesta terça-feira (15). De acordo com comunicado oficial da Secretaria de Saúde, esse será o último dia em que esses trabalhadores poderão integrar as escalas das unidades de saúde do estado.

A situação gerou grande preocupação entre os diretores das unidades hospitalares, já que muitos desses profissionais atuam em setores críticos como UTIs, pediatria e emergências no Hospital Geral de Rio Branco.

Em busca de soluções, os diretores se reuniram nesta terça-feira na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) com deputados da Comissão de Saúde. O presidente da Comissão, deputado Adailton Cruz, defendeu que os contratos não sejam encerrados de forma imediata, propondo uma transição até o dia 30 de julho para evitar prejuízos aos serviços e aos profissionais afetados.

“Estamos pedindo uma data de transição pactuada. Não se trata apenas de contratos, mas da continuidade da assistência à população e do sustento de centenas de famílias”, afirmou Cruz.

A proposta é que a Secretaria de Saúde (Sesacre), junto com os parlamentares, busque apoio dos órgãos de controle como o Tribunal de Contas e o Ministério Público para viabilizar uma saída econômica e legal que permita a permanência temporária desses servidores.

A deputada e médica Michelle Melo também se posicionou contra a demissão em massa e reforçou que qualquer substituição precisa de planejamento. Para ela, encerrar os contratos sem preparar novos profissionais compromete a qualidade e a continuidade do atendimento nas áreas mais delicadas.

“Ninguém está pronto para salvar vidas da noite para o dia. Precisamos de transição, de preparo, de responsabilidade”, afirmou.

Melo reconheceu o esforço do governo em buscar diálogo e afirmou estar disposta a ajudar na construção de uma solução definitiva para garantir que a população não fique desassistida e que os trabalhadores sejam tratados com respeito e dignidade.

Agora, a expectativa é de que a Sesacre e os deputados cheguem a um acordo que preserve a qualidade dos serviços de saúde e garanta um tempo adequado para que todos se organizem.