Empresário Jebert Nascimento defende renovação política no Acre e não descarta candidatura majoritária

Em entrevista a um podcast, o empresário acreano Jebert Nascimento falou sobre a importância de um novo perfil político no estado do Acre. Segundo ele, é necessário superar as divisões extremas e buscar uma gestão mais eficiente, com foco em resultados e abertura para a participação da iniciativa privada.

Jebert, que lidera um grupo com mais de 30 mil trabalhadores terceirizados, afirmou que aceitaria disputar cargos majoritários, como o Governo do Estado ou o Senado, caso seu grupo político considere necessário.

“A gente precisa de alguém que atue de forma mais equilibrada, com os pés no chão, sem radicalismos. Tanto no Brasil quanto aqui no Acre, as brigas políticas extremas acabam atrapalhando. Se surgir um nome com esse perfil e meu grupo precisar, eu aceitaria disputar”, declarou.

Ele acredita que uma mudança de postura pode trazer um novo fôlego à política, não apenas no Acre, mas em todo o país. “Seria uma maneira de renovar, dar uma oxigenada nessa situação política que vemos hoje. Isso pode ser positivo até em nível nacional.”

Durante a conversa, Jebert relembrou o impacto da candidatura de Jair Bolsonaro nas eleições passadas, que rompeu com o padrão tradicional da política brasileira. “Antes, só se elegia presidente quem vinha do chamado eixo Rio-São Paulo-Minas, a chamada República do Café com Leite. Bolsonaro rompeu com isso.”

Sobre a entrada de empresários na política, Jebert avaliou que essa participação pode oferecer alternativas viáveis ao modelo atual. “Se surgirem empresários ou pessoas que queiram mudar de verdade, acredito que é possível formar um novo tipo de poder, mais voltado para resultados.”

Ele citou como exemplo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que veio do setor privado e, segundo Jebert, tem promovido melhorias importantes no estado. “Não conheço muito, mas vejo que o Zema, que não era político, tem conseguido melhorar a produtividade e a gestão pública de Minas.”

Por fim, Jebert destacou os entraves burocráticos enfrentados por gestores públicos e defendeu uma administração mais ágil e eficiente. “O grande problema é que a gestão pública é muito travada pela burocracia. Nós, da iniciativa privada, buscamos resultado rápido. A população também quer respostas imediatas. Se houver um choque de gestão, sem estar preso a ideologias, as coisas podem andar melhor e mais rápido.”

Segundo ele, é possível modernizar a gestão pública com práticas mais eficazes, aproximando o modo de administrar do setor público ao dinamismo exigido no setor privado.