Francisco Claudemir Saturnino do Nascimento, de 41 anos, foi morto neste domingo (15) após reagir a uma abordagem policial na Comunidade Veneza, zona rural do município de Porto Walter, no interior do Acre. Ele era acusado de matar o próprio irmão em 2017 e estava com um mandado de prisão em aberto.
Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, Francisco usava tornozeleira eletrônica, mas havia rompido o dispositivo e estava foragido. No domingo, ele foi denunciado por moradores da Comunidade Igarapé Natal após, supostamente, matar a tiros um jovem identificado como Francisco Israel Cruz dos Santos, de 21 anos, e ferir outro homem, Vilas Costas Agripino.
Após cometer os crimes, o suspeito fugiu para outra comunidade rural, onde equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil foram mobilizadas para cumprir o mandado de prisão. Durante a abordagem, Francisco teria reagido e acabou sendo atingido após troca de tiros com os agentes, segundo informou o delegado José Obetânio.
“O indivíduo assassinou o irmão e tinha mandado de prisão por esse crime. Ontem, ele cometeu mais dois delitos: um homicídio e uma tentativa de homicídio. A polícia foi acionada e, ao chegar ao local, ele reagiu à abordagem. Houve confronto e ele morreu”, relatou o delegado.
Ainda de acordo com Obetânio, o histórico de violência de Francisco era conhecido pelos moradores da região. “As primeiras informações apontam que ele era uma pessoa muito agressiva e sua conduta era reprovada pela comunidade”, disse. A motivação para os crimes ocorridos neste domingo ainda está sendo investigada e testemunhas serão ouvidas nos próximos dias.
O homicídio de 2017, pelo qual Francisco respondia na Justiça, ocorreu após a morte da dona de casa Zilmar Vieira Melo, de 59 anos, que foi baleada com uma espingarda pelo filho biológico, José Benedito Melo, de 23 anos. O crime aconteceu após uma discussão envolvendo um animal da família, na Comunidade Voz do Natal, também em Porto Walter.
Revoltado com a morte de Zilmar, que o criou como filho, Francisco atacou José Benedito com golpes de terçado, matando-o logo em seguida. Os dois eram irmãos por parte de pai. Na época, Francisco foi preso quase uma semana depois, na casa de parentes em Cruzeiro do Sul, e confessou o crime à polícia.
Durante o depoimento, Francisco relatou que o irmão havia ameaçado matar uma égua da madrasta e que, ao tentar impedi-lo, testemunhou o momento em que ele atirou na própria mãe. Segundo ele, após o disparo, José Benedito ainda ameaçou matá-lo, o que o levou a reagir com três golpes de facão.
A Polícia Civil segue apurando os crimes cometidos neste domingo (15) para entender a motivação e os detalhes das ocorrências. Já o corpo de Francisco Claudemir foi encaminhado para os procedimentos de praxe.
