Justiça concede liberdade provisória a acusado de envolvimento em briga que matou advogada no Acre

A Justiça concedeu liberdade provisória a Keldheky Maia, apontado como um dos envolvidos na confusão que resultou na morte da advogada Juliana Chaar Marçal, de 36 anos. A tragédia aconteceu na madrugada do último sábado (21), em frente à casa noturna Dibuteco, no bairro Isaura Parente, em Rio Branco.

Juliana morreu após ser atropelada por uma caminhonete preta. De acordo com testemunhas e com o gerente do estabelecimento, o veículo passou por cima dela de forma intencional. A Polícia Civil confirmou que a advogada não foi baleada, como chegou a ser cogitado inicialmente.

Keldheky Maia, namorado da vítima, foi apontado por algumas testemunhas como o responsável por disparos de arma de fogo durante a briga. Ele nega ter atirado. Keldheky também foi atropelado no tumulto e sofreu ferimentos na mão, perna e testa. Ele e outro homem, Dhiones Siqueira, foram presos pela Polícia Militar com sinais de embriaguez. Os dois precisaram ser algemados para garantir a segurança no local e foram levados à Delegacia de Flagrantes.

O Ministério Público pediu a prisão preventiva de Keldheky, mas o pedido foi negado. A Justiça autorizou sua liberdade provisória com a condição de que ele mantenha o endereço atualizado e não saia da cidade sem comunicar as autoridades.

O advogado de defesa, Roraima Rocha, afirmou que não havia provas suficientes para manter Keldheky preso. Ele também apresentou pedidos por escrito e sustentação oral durante a audiência.

Segundo o que foi apurado, Juliana estava sendo agredida junto com outras duas pessoas por três homens. Neste momento, Keldheky teria tentado intervir e, segundo algumas testemunhas, sacado uma arma – que não foi localizada até agora.

Dois dos agressores fugiram do local em uma caminhonete logo após o atropelamento. Um terceiro envolvido permaneceu e está sendo investigado por lesão corporal.

O principal suspeito de atropelar Juliana, identificado como Ledo Patrício da Silva Almeida Júnior, está foragido. A Polícia Civil continua as investigações para esclarecer os fatos e encontrar os responsáveis.