Servidores públicos do Acre pressionam governo e anunciam possível greve após nova rodada de negociações

A manifestação dos servidores públicos estaduais do Acre, realizada na manhã desta quarta-feira, 2 de julho, terminou com uma caminhada até a Casa Civil, no centro de Rio Branco. O protesto começou em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e reuniu trabalhadores de dezenas de categorias, representadas por mais de 30 sindicatos.

Os manifestantes cobraram do governo estadual respostas para reivindicações como reajuste salarial, aumento no auxílio-alimentação, criação de um auxílio-saúde e o cumprimento da reposição inflacionária (RGA), que, segundo os representantes sindicais, está prevista em lei.

Durante o ato, os líderes do movimento anunciaram que uma nova reunião com o governo foi marcada para esta quinta-feira, 3 de julho, às 10h, na Casa Civil. Além disso, está programada uma nova mobilização para segunda-feira, 7 de julho, na galeria da Aleac, quando será discutida a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

De acordo com os sindicatos, se não houver avanços concretos nas negociações, a categoria pode iniciar uma greve geral no estado.

Fábio Macedo, um dos líderes sindicais, afirmou que a intenção do movimento é garantir a valorização profissional dos servidores públicos do Acre. “Se não formos atendidos, vamos parar o Estado em busca de reconhecimento. Nossa luta é por direitos que já são garantidos por lei, como o RGA, e benefícios como o auxílio-alimentação e o auxílio-saúde, que têm respaldo jurídico”, explicou.

Ele também criticou o último reajuste concedido pelo governo, classificando-o como simbólico e insuficiente. “É vergonhoso ver colegas que dedicaram 40, 50 anos ao serviço público receberem apenas R$ 25 de aumento. Muitos nem têm um salário mínimo digno na aposentadoria”, disse.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Educação e Administração (Sintegesp), Eliano Nunes, afirmou que um novo pedido de posicionamento foi protocolado junto ao governo. “Esta é a segunda vez que entregamos esse pedido. Vamos decidir agora se indicamos ou não uma greve, para dar andamento ao movimento e fortalecer ainda mais essa frente sindical”, afirmou.

A Frente de Sindicatos, que lidera o movimento, reforça que o ato não tem ligação com partidos políticos e representa mais de 30 entidades de classe. Os organizadores continuam incentivando os servidores que ainda não aderiram à mobilização a participarem das próximas ações.