Legistas do Instituto Médico Legal (IML) realizaram, na última sexta-feira (4), a coleta de material genético do feto humano encontrado na rede de esgoto da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito, em Rio Branco. O exame de DNA poderá ajudar a identificar a mãe e, possivelmente, a pessoa responsável pelo aborto.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, com apoio da Secretaria de Estado de Saúde e da direção da UPA. Câmeras de segurança estão sendo analisadas para tentar identificar possíveis suspeitas que estiveram na unidade de saúde nos últimos dias.
O feto foi localizado na tarde da quinta-feira (3), por um vigilante que fazia uma vistoria na rede de esgoto após um serviço de manutenção. A principal suspeita é de que o aborto tenha ocorrido dentro de um dos banheiros da unidade, e o feto tenha sido descartado no vaso sanitário.
Segundo os legistas, trata-se de um feto do sexo masculino, com aproximadamente 16 semanas de gestação, o que equivale a cerca de quatro meses.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que está revendo os registros de atendimento da UPA para colaborar com as investigações e ajudar a identificar possíveis envolvidas.
O diretor do Departamento de Polícia Técnica Científica (DPTC), Mário Sandro, explicou que o exame de DNA pode confirmar a maternidade, desde que exista uma suspeita. “Para identificar esse feto, é necessário ter uma possível mãe. A partir disso, coletamos o material genético da mulher e comparamos com o perfil biológico do feto. Se houver compatibilidade, é possível confirmar a relação”, afirmou.