Quatro famílias compareceram ao Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco para coletar material genético que poderá ajudar a identificar corpos encontrados carbonizados no dia 5 de agosto, em Bela Flor, no Departamento de Pando, Bolívia. A análise está sendo conduzida na capital acreana, mas, devido ao estado avançado de decomposição, ainda não há previsão para a conclusão.

A Polícia Civil do Acre apura o caso por meio da Delegacia de Capixaba, município que faz fronteira com a Bolívia. A principal suspeita é que as vítimas sejam foragidos do Complexo Prisional de Rio Branco, mortos em um confronto ligado a facções criminosas.
Segundo o delegado Aldízio Neto, pelo menos dois corpos foram encaminhados ao IML. Além de estarem carbonizados, os restos mortais foram parcialmente devorados por porcos que estavam no quintal onde ocorreu o crime, o que dificulta ainda mais o trabalho pericial.
Três testemunhas — uma brasileira, uma boliviana e outra com dupla nacionalidade — prestaram depoimento, mas afirmaram não ter informações sobre o episódio. “Existe medo por envolver organizações criminosas, e isso prejudica o avanço das investigações”, disse o delegado.
De acordo com a apuração, o confronto teria acontecido durante uma confraternização, quando uma discussão entre moradores se transformou em violência extrema. No dia seguinte, dois corpos carbonizados foram localizados, mas a Polícia Civil acredita que o número de mortos possa chegar a cinco.
Equipes da Polícia Civil de Capixaba e Plácido de Castro, junto à Polícia Nacional Boliviana, estiveram no local, conhecido por abrigar fugitivos da Justiça brasileira.
Com informações de G1 Acre