Tenente suspeito de matar a companheira com três tiros é preso em Rio Branco

O 2º tenente da Polícia Militar do Acre, Reginaldo de Freitas Rodrigues, de 56 anos, suspeito de assassinar Ionara da Silva Nazaré, de 29 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (29) após se apresentar espontaneamente a uma viatura no Segundo Distrito de Rio Branco. Ele foi conduzido à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde teve a prisão em flagrante decretada.

Ionara foi morta com três disparos, dentro da residência em que morava com o militar e as duas filhas, de 3 e 7 anos, que presenciaram o crime. O assassinato ocorreu no último sábado (27), no bairro Mocinha Magalhães. Após o homicídio, Reginaldo fugiu e passou a ser procurado pelas polícias Civil e Militar.

A major Katianne Antoniete, da PM-AC, afirmou que a prisão foi resultado de diligências e negociações com familiares:

“Tentamos contato por meio de parentes e conseguimos fazer com que ele se apresentasse. Esse era o nosso objetivo”, destacou.

A arma utilizada também foi apreendida. O militar será apresentado em audiência de custódia, quando a Justiça decidirá se ele continuará preso ou responderá em liberdade.

Histórico do suspeito

Reginaldo de Freitas se aposentou como 2º tenente em fevereiro de 2018, após mais de 30 anos de serviço. Em 2022, foi reconvocado para atuar na área administrativa do Quartel do Comando-Geral, por meio do Corpo de Voluntários da Reserva Remunerada.

Versão da família

Familiares de Ionara acreditam que o crime pode ter sido motivado por uma suposta traição descoberta pela vítima.

“Creio que minha irmã descobriu alguma coisa dele, talvez no telefone. Ela não era mulher de farra, não se envolvia com homens enrolados. Acredito que foi questioná-lo e aconteceu isso”, disse uma das irmãs, que pediu para não ser identificada.

Ionara e Reginaldo iniciaram o relacionamento em setembro de 2023 e, dois meses depois, passaram a morar juntos. Segundo familiares, o casal se preparava para se mudar para uma nova residência, próxima à escola da filha da vítima.

“Ela estava feliz, tinha me contado que estava de mudança e que a nova casa seria perto da escola da filha”, relatou a irmã.