Desde o início de seu mandato em 2019, o governo de Gladson Cameli no estado do Acre já desembolsou um total de R$ 2,05 bilhões para quitar dívidas de contratações em operações de crédito e passivos acumulados ao longo de décadas, legados pelas administrações anteriores.
Segundo informações da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e da Secretaria Adjunta do Tesouro Estadual, a despesa totaliza R$ 5,82 bilhões e deve ser quitada até o ano de 2047. Essas dívidas incluem acordos celebrados antes de 2019, envolvendo contratos que estabeleciam termos, prazos, financiamentos e refinanciamentos com a União, bem como com instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), o Banco do Brasil, além de contratos externos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
De 2020 a 2021, houve uma redução de R$ 184 milhões no montante da dívida, e de 2021 a 2022, a redução alcançou R$ 413 milhões. Para 2023, projeta-se uma redução adicional de R$ 207 milhões.
Atualmente, 55,46% do estoque da dívida é composto pela dívida externa, enquanto os 44,54% restantes referem-se à dívida interna. Apesar dessas reduções observadas desde 2021, a dívida externa ainda representa a maior parte do montante total, uma vez que suas variações estão diretamente ligadas às taxas de câmbio do dólar e às taxas de juros dos empréstimos.
Somente este ano, os juros pagos alcançaram mais de US$ 22 milhões, equivalentes a mais de R$ 111 milhões, aumentando o valor de US$ 24.669.709,02 para US$ 47.245.108,65, o que totaliza uma estimativa de R$ 238,87 milhões.