Uma reportagem exibida pelo programa Domingo Espetacular, da Record TV, voltou a colocar em evidência um caso que ainda causa indignação no Acre: a morte de dois jovens durante uma ação da Polícia Militar, em 2020, no município de Brasileia. O episódio, cercado de controvérsias, reacendeu o debate sobre a conduta policial e renovou a esperança das famílias das vítimas, que continuam clamando por justiça.
Um dos pais, militar do Exército, afirma não aceitar a versão oficial divulgada pela corporação à época. Segundo ele, o filho — então adolescente — não reagiu à abordagem, como alegaram os policiais envolvidos. Convicto de que houve execução, o pai iniciou uma investigação paralela para apurar as circunstâncias reais da morte.
Com o apoio de especialistas, ele encomendou uma perícia independente, cujo laudo técnico apontou que os disparos foram efetuados a curta distância — um detalhe que contradiz a narrativa de confronto apresentada inicialmente. De acordo com o perito responsável, há inconsistências nos depoimentos dos policiais, o que reforça as suspeitas de que o jovem tenha sido morto sem chance de defesa.
A repercussão nacional trouxe novamente à tona a discussão sobre o uso excessivo da força por agentes de segurança e a vulnerabilidade de jovens das periferias em abordagens policiais. Especialistas defendem maior transparência, controle externo e revisão de protocolos para evitar abusos e garantir a responsabilização em casos de violações.
Enquanto busca respostas, o pai segue empenhado em provar a inocência do filho e espera que novas diligências sejam realizadas para esclarecer definitivamente o que aconteceu naquela noite em Brasileia. Para ele e sua família, mais do que uma disputa de versões, trata-se de uma luta por verdade, justiça e memória.
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