Mototaxista é condenado a mais de 22 anos de prisão por assassinato da esposa em Rio Branco

Mais de 11 anos após o crime, o mototaxista Giani Justo Freitas foi novamente condenado pelo assassinato da esposa, a engenheira civil Sílvia Raquel Mota, ocorrido em agosto de 2014, em Rio Branco. O novo julgamento ocorreu nesta quinta-feira (6), no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, no Fórum Criminal da capital.

Durante a sessão, o promotor Teotonio Rodrigues defendeu a condenação do réu, enquanto o advogado Sanderson Moura, responsável pela defesa, alegou que as provas apresentadas não comprovam a autoria do crime. Segundo o defensor, o processo contém “muitos elementos sem resposta” e “perícias que demonstram inconsistência na acusação”.

Esta foi a segunda vez que Giani Justo foi julgado pelo caso. Em 2019, ele havia sido condenado a 19 anos de prisão por homicídio qualificado, mas pôde recorrer em liberdade. Em 2021, após recurso do Ministério Público do Acre (MPAC), a pena foi elevada para 24 anos, porém o réu continuou solto.

Em novembro de 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou o julgamento, acatando um pedido da defesa que alegava cerceamento de defesa, já que uma testemunha considerada fundamental não havia sido ouvida.

Com a anulação, o processo foi reiniciado, e Giani voltou ao banco dos réus em 2025, com base nas mesmas provas da denúncia original. Desta vez, o júri novamente o considerou culpado pelo assassinato da esposa, e a juíza Ellen Oliveira determinou a prisão imediata do condenado, que foi levado diretamente do Tribunal do Júri para a Delegacia de Flagrantes (Defla).

A vítima, Sílvia Raquel Mota, foi encontrada morta dentro de uma caixa d’água na residência onde morava, em Rio Branco. O caso ganhou grande repercussão à época e voltou a chamar atenção com o novo desfecho judicial.