A Justiça do Acre autorizou a Polícia Civil a acessar os dados da tornozeleira eletrônica de Victor Oliveira da Silva, principal suspeito de matar o professor de dança Reginaldo Silva Corrêa e enterrá-lo em uma cova rasa no município de Epitaciolândia, no interior do estado.
Victor está preso desde o dia 1º de outubro. A vizinha dele, Marijane Maffi, também responde à investigação por suspeita de ajudar a ocultar o veículo da vítima.
De acordo com a decisão da juíza de Direito Joelma Ribeiro Nogueira, a Polícia Civil solicitou autorização judicial para ter acesso à geolocalização do suspeito, que já era monitorado eletronicamente por envolvimento em outro crime. O pedido se refere ao período a partir do desaparecimento de Reginaldo, entre os dias 25 e 29 de setembro de 2025.
Com o parecer favorável, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) terá até 10 dias para disponibilizar os dados solicitados.
Na decisão, a magistrada destacou que o período requerido é “razoável e proporcional, limitado ao estritamente necessário para a apuração dos fatos”, além de considerar a medida indispensável para o avanço das investigações, por não haver outro meio menos gravoso com a mesma eficácia.
Em depoimento, Victor confessou o crime e afirmou que atraiu o professor até sua casa sob o pretexto de um encontro. Após uma discussão, aplicou um golpe conhecido como “mata-leão”. Ao perceber que a vítima não apresentava mais sinais vitais, ele relatou que dormiu ao lado do corpo e realizou o enterro no dia seguinte.
Ainda conforme as investigações, Marijane teria auxiliado na tentativa de ocultação do crime ao levar o carro da vítima até Cobija, na Bolívia, sob a justificativa de que o veículo estaria sendo vendido.
O caso segue sob apuração da Polícia Civil.