A constante briga pelo controle do tráfico de drogas na capital acreana reflete diretamente na vida dos moradores. A presença das organizações criminosas se tornou visível, manifestando-se na pichação de espaços públicos com símbolos que indicam qual facção domina determinada área. Infelizmente, essa prática alcançou também as escolas públicas em diversos pontos de Rio Branco.
Recentemente, o alvo foi o Colégio Barão do Rio Branco, conhecido como Cerb, uma das instituições mais tradicionais da cidade, localizada no centro. As iniciais de uma facção que atua na região foram pichadas em suas instalações, evidenciando a intensidade da disputa pelo território.
Questionada sobre o assunto, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que há policiamento escolar, mas esse não abrange danos ao patrimônio público ocorridos fora do horário escolar, principalmente durante as madrugadas. A SEE ressaltou que investiu aproximadamente R$ 100 milhões em mais de 100 escolas para serviços de manutenção predial, incluindo a reparação de espaços pichados.
Por sua vez, a Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo, admitiu a dificuldade em coibir as pichações, apesar de atuar diariamente. O órgão destacou que não há um policiamento específico para essa prática, sendo incorporada nas diversas modalidades de policiamento de preservação da ordem pública, realizadas pelas Rondas Policiais (RP’s) e serviços especializados como GIRO, COE, ROTAM, BPTRAN e COMUNITÁRIO.
