A advogada Glenda Fernanda Santos Menezes, presa em 30 de novembro sob suspeita de atuar como “pombo-correio” para uma facção criminosa, foi afastada de seu cargo na Agência de Negócios do Acre (Anac). O governo do estado confirmou a informação nesta quarta-feira (6), ressaltando que Glenda atuava no setor administrativo do órgão, contratada em regime CLT desde 1º de abril deste ano.
O afastamento, segundo a nota oficial, é sem ônus, e a medida foi tomada em decorrência das denúncias envolvendo o nome da advogada. A decisão permanecerá válida até a conclusão das investigações e a adoção de todas as medidas legais cabíveis.
A defesa de Glenda, representada por Naíza Queiroz, alegou não ter sido informada sobre o afastamento na Anac. No entanto, enfatizou que a advogada conta com o apoio da diretora-presidente da Anac, que a descreve como uma excelente profissional. A defesa assegura que Glenda possui total respaldo de sua família, amigos e colegas de classe, destacando que situações isoladas não afetaram sua carreira e profissionalismo construídos ao longo dos anos.
Além de Glenda, outros três advogados foram alvos da operação da Polícia Civil, suspeitos de intermediar a transmissão de mensagens dos líderes da organização criminosa para membros nas ruas. Dos quatro advogados presos, três estavam no Acre e um no Espírito Santo (ES). As investigações indicam que essas ações visavam manter a condução e organização das atividades criminosas, considerando que os líderes cumprem pena em presídios.
