A advogada Glenda Fernanda dos Santos Menezes, presa durante a Operação Cupiditas em novembro, teve seu pedido de Habeas Corpus negado pela desembargadora Denise Castelo Bomfim. Com isso, a advogada permanecerá detida por tempo indeterminado.
A decisão da desembargadora também negou o pedido da defesa para substituir a prisão preventiva por medidas cautelares. A defesa argumentou que Glenda colaborou com a ação policial, entregou seu telefone celular, é advogada e funcionária pública.
A desembargadora, em sua decisão, destacou que a concessão de liminar de Habeas Corpus só é admitida em circunstâncias excepcionais, quando a prisão é ilegal, configurando flagrante abuso de poder, o que, segundo a decisão, não é o caso.
Denise Bomfim considerou que o caso precisa de uma análise mais aprofundada pelo Procurador de Justiça e que o recurso deve ser julgado pelo Juiz natural da causa ou pelo colegiado da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).
A Operação Cupiditas foi realizada pelas forças integradas de segurança do estado, com o objetivo de prender advogados suspeitos de atuar como intermediários de membros de uma facção criminosa que cumprem pena na Unidade de Readaptação Social Antônio Amaro Alves, em Rio Branco.