MPF é contra instalação de banheiros exclusivos para público LGBTQIA+ no Carnaval de Rio Branco

Mais uma polêmica à vista: o Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação ao Município de Rio Branco para que não instale banheiros químicos exclusivos para o público LGBTQIA+ durante as festas de carnaval da capital. A medida foi tomada, segundo o órgão, após a prefeitura anunciar que instalaria estruturas diferenciadas para atender esse público.

Na avaliação do MPF, essa medida pode contribuir para o aumento da marginalização e da transfobia. No documento, o órgão defende que as autoridades e organizadores não podem restringir o acesso aos banheiros no carnaval, nem nos demais eventos promovidos na cidade.

O Ministério Público sustenta que as pessoas não podem ser obrigadas a usarem banheiros exclusivos, em razão da orientação sexual ou da identidade de gênero, o que configura marginalização. Por isso, recomenda que, além dos banheiros femininos e masculinos já existentes, a Prefeitura instale banheiros de uso individual independente de gênero, para evitar qualquer tipo de constrangimento.

A prefeitura tem prazo de 24 horas para informar se vai acatar as medidas recomendadas, que incluem ainda a divulgação de campanhas de conscientização sobre a autodeterminação de gênero, os direitos das pessoas trans e a criminalização de atos transfóbicos.

Conforme o órgão, não deve haver constrangimento na utilização de banheiros por qualquer pessoa. Sendo assim, banheiros femininos devem ser utilizados por aquelas pessoas que se identificam com o gênero feminino e o banheiro masculino por quem se identifica com o gênero masculino.