Gladson Cameli diz que precisa de R$ 400 milhões para solucionar problemas ocasionados pela enchente no Acre

O governador Gladson Cameli do (PP), participou de uma entrevista ao vivo na manhã desta segunda-feira, 11, ao CNN Brasil, discutindo a situação crítica provocada pela enchente que assola o estado do Acre nos últimos dias, impactando praticamente todos os municípios. Cameli ressaltou a urgência de reparar os extensos danos causados pela inundação em todo o Estado, afetando 86% da população, configurando o maior desastre ambiental já registrado na região.

O governador destacou a necessidade de uma quantia significativa para lidar com os prejuízos decorrentes da enchente, estimando entre R$ 300 a R$ 400 milhões. Ele enfatizou a importância de uma abordagem a médio prazo, contemplando infraestrutura e assistência às famílias e unidades habitacionais afetadas.

Comprometido em buscar recursos, Gladson Cameli anunciou sua ida a Brasília para pleitear apoio nos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional. Ele mencionou a situação crítica de Brasiléia, que enfrentou a pior enchente de sua história, considerando inclusive a mudança da cidade para áreas mais seguras.

“Estarei cumprindo agenda em Brasília nos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional esta semana, para liberação de recursos. Vamos entregar projetos até o dia 18, nos ministérios para a construção de novas moradias. Em Brasiléia, é preciso, a curto prazo, tirar a parte da cidade que está nas áreas baixas”, declarou.

Diante das ameaças recorrentes de enchentes, o governo planeja lançar um novo decreto que determina a construção de prédios públicos em áreas mais altas, evitando assim danos causados por inundações.

“Estamos em fase de análise pela PGE deste decreto que vamos soltar para que toda obra pública seja construída na parte alta, não sendo mais permitido construção na parte mais baixa. Estamos fazendo um apelo para que a população que vai reconstruir suas residências, que não façam isso nas áreas de risco”, explicou.

Quanto às investigações da Operação Ptolomeu e seu afastamento do cargo, o governador reiterou sua disposição para cooperar com a justiça. “De coração, sendo transparente, acredito que qualquer dúvida deve ser investigada. Estou à disposição da justiça há três anos, nunca fui chamado para prestar esclarecimentos. Tenho plena confiança no sistema judicial”, concluiu.