A investigação do Ministério Público do Acre (MPAC) no caso Géssica, aponta que a enfermeira, de 32 anos, não havia ingerido álcool e nenhuma substância ilícita. Também não foram encontrados vestígios de DNA da vítima na arma, dita como dela. Com as informações, as acusações feitas pelos policiais se tornam inverídicas.
De acordo com o laudo criminal da Polícia Civil do Acre (PCAC), os vestígios de DNA encontrados na arma não são compatíveis com o de Géssica. Os traços genéticos identificados no escopo da arma é masculino.
O advogado da família de Géssica, Walisson Pereira, falou sobre o caso e afirmou ter sido uma execução. “Os laudos apontam que a Géssica foi executada com tiros de fuzil disparados pelas costas de Géssica. Todos os tiros foram de fora para dentro, não houve um tiro que saiu do carro da vitíma”.
Walisson ainda falou sobre a arma encontrada pelos policiais que era supostamente da vítima. “A arma que os policiais disseram ter sido usada pela Géssica no confronto, sequer tinha traços dela, ela nunca tocou nessa arma. O que foi encontrado foi DNA masculino, apontando que a arma foi plantada pelos policiais”.
O MPAC vai processar os militares por homicídio doloso, quando há intenção de matar, juntamente com o crime de fraude processual, pelos os policiais terem colocado a arma (pistola) na cena do crime como se fosse da vítima.
Géssica morreu em dezembro do ano passado durante uma perseguição na BR-317, em Senador Guiomard. A família da vítima afirmou que a enfermeira sofria com problemas psicológicos e estava tendo um surto psicológico. Os militares perseguiram a enfermeira e a executaram.