No mês de fevereiro, o estado do Acre alcançou um feito significativo ao se posicionar como o quarto maior gerador de empregos, conforme os dados divulgados pelo Novo Caged. Nesse período, o estado admitiu um total de 4.798 trabalhadores com carteira assinada e registrou 3.945 desligamentos, gerando um saldo positivo de 853 novas vagas de emprego.
Apesar do crescimento recente, o Acre ainda se posiciona atrás de Roraima, Tocantins e Rondônia, conforme indicado pela pesquisa do Novo Caged. Segundo Egídio Garó, representante da Federação do Comércio do Acre, nos últimos 12 meses, foi registrado um saldo positivo de 5.263 novos postos de trabalho, o que representa um aumento relativo de 6,34%.
Entre os municípios acreanos, alguns se destacaram significativamente em termos de contratações no período analisado. Rio Branco liderou o ranking, apresentando um saldo positivo de 534 vagas, seguido por Senador Guiomard, com 214 novos postos de trabalho. Já o município de Cruzeiro do Sul também contribuiu positivamente, com um saldo de 84 vagas. No entanto, houve municípios que enfrentaram reduções no número de empregos, como a cidade de Bujari, que registrou uma diminuição de 82 postos, Acrelândia que teve uma queda de 46 vagas ocupadas e Epitaciolândia que apresentou um saldo negativo de 28 postos de trabalho.
Na análise dos setores que mais contribuíram para a geração de empregos no Acre, os serviços despontaram como líderes, abrindo 827 vagas de trabalho durante o período em questão. Em seguida, tanto o comércio quanto a construção também tiveram um desempenho positivo, gerando 35 novas vagas cada um. No entanto, os setores agrícola e industrial não apresentaram resultados favoráveis, registrando saldos negativos. Isso significa que houve mais desligamentos do que admissões nessas áreas.
Segundo Garó, os efeitos observados estão diretamente ligados aos investimentos restritos no agronegócio e na indústria, ocasionados pelos elevados custos das matérias-primas essenciais para a produção. Além disso, ele ressaltou a ausência de diversificação do portfólio, que está intimamente ligada à limitação e à dispersão do mercado local e nacional.
Embora o estado do Acre enfrente desafios nos setores de agricultura e indústria, o cenário para geração de empregos em outros setores ainda é positivo, ou seja, esses números revelam um cenário de expansão no mercado de trabalho local.
