“Caso Joaquim: inicia julgamento de Natália Ponte e Guilherme Longo pelo assassinato do menino de 3 anos”

O caso de Natália Ponte e Guilherme Longo, acusados do homicídio triplamente qualificado do pequeno Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, ressurge no tribunal de Ribeirão Preto (SP) uma década após o crime que chocou o Brasil. A trágica morte da criança, alegadamente causada por uma superdose de insulina e subsequente descarte de seu corpo em um córrego próximo à residência, levantou questões sobre a segurança e proteção dos jovens mais vulneráveis.

O julgamento, será presidido pelo juiz José Roberto Bernardi Liberal, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, está envolto em sigilo, restringindo a participação do público e da imprensa. Apenas testemunhas e familiares selecionados têm permissão para acessar as sessões, conforme determinado pelas diretrizes específicas:

  • A família da vítima (Joaquim) – limitada ao pai e avós maternos e paternos.
  • Os réus (Longo e Natália) – apenas pais e avós.

Para o julgamento do casal pelo júri popular, o Fórum de Ribeirão Preto reservou um período de 12 dias. O calendário de atividades delineia as seguintes etapas:

  • 16/10: Início do julgamento, depoimentos de testemunhas e informantes da acusação.
  • 17/10: Depoimentos de testemunhas e informantes comuns.
  • 18/10: Depoimentos de testemunhas e informantes da defesa.
  • 19/10: Depoimentos de testemunhas de defesa.
  • 20/10: Depoimentos de testemunhas de defesa.
  • 21/10: Início dos interrogatórios e debates, com espaço para réplica e tréplica entre as partes.

Um total de sete jurados examinará as evidências e argumentos apresentados pelo Ministério Público e pelas defesas. A seleção dos jurados será realizada por sorteio entre os 25 intimados pela Justiça, dos quais pelo menos 15 devem comparecer para evitar o cancelamento do julgamento.

Dentre as 34 testemunhas intimadas para defesa e acusação, algumas serão ouvidas por videoconferência. O grupo inclui agentes de segurança, peritos, psicólogos e familiares tanto dos réus quanto da vítima. Com um extenso processo de 6.757 páginas acumulado ao longo de uma década, Longo e Natália enfrentarão o tribunal, aguardando o desdobramento desse caso de grande repercussão.