Na última quinta-feira, 25, a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) foi palco de um importante debate sobre Segurança Pública e valorização dos profissionais das forças de segurança no estado. Durante o evento, sindicalistas da área tiveram a oportunidade de expressar suas opiniões perante os deputados e membros do governo.
No entanto, as discussões continuaram a repercutir no dia seguinte, após o policial penal Renê Fontes relatar em suas redes sociais ter recebido uma ligação ameaçadora do secretário-adjunto de Governo, Luiz Calixto.
“Fui surpreendido com uma ligação do secretário-adjunto, Luiz Calixto. O mesmo foi bem ofensivo, bem ameaçador por causa do meu posicionamento, da minha opinião que postei nos stories na noite de ontem [quinta-feira, 25]. É o meu posicionamento. Fico triste pelo secretário por tentar coagir as pessoas. Eu sou servidor de carreira. Vai entrar o governo que for e ninguém vai me tirar do Iapen”, declarou Renê.
O posicionamento do policial penal surgiu em resposta às declarações de Calixto durante a audiência, onde este afirmou que as facções criminosas não exercem domínio sobre os presídios e bairros no estado do Acre.
“Foi dito aqui que as facções dominavam os presídios. Eu ouvi dizer que lá dentro tem muito faccionado, mas não que elas dominam, porque se elas dominassem, lá entrava comida que eles queriam, faziam a revista na hora que eles queriam, as visitas na hora que eles queriam. Portanto, não dominam. Eles podem estar lá dentro, mas não dominam. Também vi uma declaração de que o crime organizado dominam o Acre. Eu desconheço o bairro que eu não consiga entrar aqui dentro de Rio Branco”, disse Calixto.