Após o anúncio da construção do Mercado Elias Mansour, localizado no centro da cidade de Rio Branco, com o intuito de se tornar um mercado cultural turístico, estimado em R$ 30 milhões, os comerciantes que atualmente operam no local serão realocados para o Parque da Maternidade a partir do próximo mês.
Cleiton Ferreira, um açougueiro do mercado, expressou preocupação: “A gente não sabe ainda como vai ser, porque a prefeitura não comunicou como vai funcionar para gente que trabalha com carne e peixe. No canal da maternidade não tem como nós ficarmos já que a vigilância sanitária não vai permitir, lá é um esgoto né?”.
De acordo com o secretário municipal de infraestrutura e mobilidade urbana, Antônio Cid, a obra está programada para ser concluída em menos de um ano. O novo mercado será construído com estruturas metálicas, incluindo dois elevadores, esteira rolante e estacionamento subterrâneo, funcionando como um misto de mercado e shopping.
Para os feirantes do mercado, a realocação não está sendo bem aceita, pois consideram o Calçadão da Benjamin Constant como o local mais apropriado para permanecerem.
A feirante Luciana Ferreira sugeriu que seria ideal fechar as ruas de acesso ao mercado para que eles pudessem se instalar na frente. “Lá quase não tem movimento. O ideal seria bom, como o mercado vai entrar em reforma, fechar as duas ruas e ficar na frente do mercado. Porque vai ser prejudicado, porque tem tanto os comerciantes quanto tem os peixeiros, como tem a gente que mexe com folha. Geralmente o sol é muito quente pra lá, não tem como”.
O secretário de Agropecuária de Rio Branco, Eracides Caetano, esclareceu que a demolição do mercado só ocorrerá após a realocação de todos os feirantes e comerciantes para o Parque da Maternidade.
“A demolição já está licitada e pronta para acontecer, mas não existe prazo porque só vamos começar isso quando todos os trabalhadores estiverem em seu novo local. O novo ponto escolhido foi o Parque da Maternidade, mas é claro que vai haver discordância entre eles, porque o que nós podemos fazer é ouvir a maioria. A Prefeitura vai fazer as instalações adequadas do local para receber os freezers e toda a estrutura que é necessária ali na entrada do Parque da Maternidade, em frente ao Terminal Central”, explicou Eracides.