Durante a sessão na Câmara Municipal de Rio Branco, os vereadores João Marcos Luz (PL) e N. Lima (PP) expressaram críticas em relação à 28ª Parada LGBTQIAPN+ que ocorreu em São Paulo no último domingo, 2.
João Marcos Luz utilizou seu tempo na tribuna para criticar o evento, especialmente a participação de crianças.
“Pela primeira vez criaram o bloco LBGT infantil. Crianças desfilando na Avenida Paulista, isso é um absurdo, um desrespeito, um crime. Pais irresponsáveis que levam seus filhos para um evento adulto”, disse.
Além disso, João Marcos anunciou que proporá um projeto para proibir a participação de crianças na Parada LGBTQIAPN+ em Rio Branco, acreditando que o Poder Legislativo deve agir para proteger as famílias e os vulneráveis.
“O Estado tem que agir, especificamente o Poder Legislativo, que existe para fazer leis, para defender as famílias e principalmente os vulneráveis. É um evento que aconteceu em São Paulo, mas daqui uns dias vai estar aqui em Rio Branco. Já pedi para a minha assessoria verificar, analisar e estudar um projeto que possamos impedir que crianças participem de parada gay”, afirmou.
N. Lima, aproveitando a fala do colega, alegou que uma minoria está tentando influenciar a mente das pessoas. Ele enfatizou que, embora cada um tenha liberdade para viver como quiser, induzir outros a fazer o que é proibido é preocupante.
“Nós somos a maioria de direita e seguimos o cristianismo. De repente, uma minoria do Brasil está se infiltrando na mente das pessoas. Uma manifestação que não existe em canto nenhum, não existe nos princípios cristãos. Cada um pode fazer da sua vida o que quiser. Agora induzir para que outras pessoas comecem a fazer o que é proibido é o fim dos tempos, apocalipse”, enfatizou.
O vereador acusou os órgãos públicos de serem coniventes com o que ele considera uma catástrofe de desobediência às leis do Evangelho.
“Estamos vendo isso evoluir de uma maneira assustadora no Brasil. Estamos vendo uma liberação dos órgãos públicos, do legislativo, do executivo e do judiciário para uma catástrofe, de desobediência às leis do Evangelho”, pontuou Lima.
Neste ano, o evento em São Paulo teve como tema, “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo: Vote consciente pelos direitos da população LGBT!”. Os participantes foram convidados a vestir verde e amarelo, em tentativa de retomar as cores da bandeira do Brasil, utilizadas em protestos bolsonaristas nos últimos anos.