Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira, 18, o deputado Adailton Cruz (PSB) levanta preocupações sobre a proposta de criminalização do aborto a partir da 22ª semana de gestação, conforme o Projeto de Lei 1904-2024.
Ele criticou o regime de urgência adotado pela Câmara Federal, que permite a votação do projeto sem passar pelas comissões, e destacou a necessidade de um debate público mais abrangente e detalhado.
“Aquela Casa deveria no mínimo passar por todas as comissões, e não só isso, fazer um debate público amplo, ouvir a sociedade e aqueles que mais precisam. Nós temos um grande viés, um grande debate que envolve não só ideologia política partidária, mas também crenças religiosas, o cristianismo, as questões dos ideais de cada um que precisam ser debatidos para que ninguém seja prejudicado”, declarou Cruz.
O parlamentar também ressaltou a falta de serviços de aborto terapêutico ou legal no estado, o que tornaria a proposta ainda mais prejudicial para mulheres em situações vulneráveis.
“Eu sou contra o aborto, mas também sou contra privar os menos favorecidos de direitos, especialmente em casos de estupro. E eu, especificamente, independente de ideologias, me manifesto contra”, afirmou.