Na sessão desta quinta-feira, 11, da Câmara Municipal de Rio Branco, o vereador João Marcos Luz rebateu declarações feitas pelo ex-prefeito e pré-candidato à Prefeitura de Rio Branco, Marcus Alexandre, sobre a situação do transporte coletivo na cidade.
João Marcos Luz destacou que, durante a gestão de Marcos Alexandre, houve uma série de problemas no sistema de transporte, contestando a afirmação de que a frota de ônibus tinha uma idade média de cinco anos.
“A idade média da frota no período dele era de sete anos, não cinco. Além disso, ele não construiu nenhum terminal de integração”, afirmou o vereador.
Luz explicou que o projeto dos terminais foi iniciado na gestão do prefeito Raimundo Angelim e que a execução teve problemas na concepção dos engenheiros, resultando em terminais que não integram as linhas de ônibus de maneira eficiente.
O vereador também abordou a questão das licitações, criticando a ausência de novas concorrências desde 2004. Ele ressaltou que o prefeito atual, Tião Bocalom, herdou um sistema problemático, agravado pela falência da empresa São Roque (antiga empresa de transporte que atuava na capital acreana), que deixou trabalhadores sem salário e direitos trabalhistas.
“O caos estabelecido hoje é resultado da incompetência dos gestores passados. A única solução foi a intervenção municipal no sistema, que durou mais de 60 dias, até que uma nova empresa assumisse temporariamente”, explicou Luz.
João Marcos Luz também acusou o ex-prefeito Marcus Alexandre e a vereadora Elzinha Mendonça de ações que levaram à demissão de cobradores de ônibus, resultando em mais de 400 desempregados.
“Quem acabou com os cobradores foi Marcus Alexandre, com o apoio da vereadora Elzinha. Rio Branco não pode esquecer disso”, enfatizou o vereador.
O vereador criticou ainda a atuação da vereadora Elzinha, que recentemente pediu documentos de ônibus durante uma sessão. “Quem deve fiscalizar isso é o agente de trânsito, o Detran, a RBTrans. Não podemos transformar esta casa em uma mercearia”, disse Luz.
Finalizando seu discurso, João Marcos Luz defendeu o subsídio ao transporte coletivo, esclarecendo que ele não cobre 100% dos custos, mas é uma ajuda necessária. “A passagem é calculada pelo volume de passageiros transportados, e o que falta é gente andando para sustentar o sistema”, concluiu.