Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, que refere-se a ocorrências do ano anterior, 2023, o crime de abuso infantil aumentou nos últimos anos gerando uma crise no país, com as crianças sendo frequentemente vítimas de maus-tratos dentro de suas próprias casas.
As vítimas são basicamente meninas (88,2%), negras (52,2%), de no máximo 13 anos (61,6%), que são estupradas por familiares ou conhecidos (84,7%) , dentro de suas próprias residências (61,7%).
Ainda segundo o anuário, dos estados que tiveram as maiores médias de ocorrências de estupro e estupro de vulnerável, quatro são da Amazônia Legal.
1° Roraima com 112,5 casos por 100 mil habitantes;
2° Rondônia com taxa de 107,8 por 100 mil;
3° Acre com 106,9 vítimas por 100 mil;
4° Mato Grosso do Sul com 94,4 por 100 mil;
5° Amapá, com 91,7 por 100 mil;
Destes, apenas o quarto lugar (MS) não é pertencente à Amazônia Legal.
Pela primeira vez o Anuário analisou também as taxas de estupro e estupro de vulnerável por município, que foram calculadas a partir da soma dos números de vítimas informadas nas bases de dados compartilhadas pelos gestores de estatística dos estados e DF.
A Amazônia Legal passou na frente mais uma vez e, infelizmente possui os quatro municípios com maiores taxas de estupro e estupro de vulnerável do país:
1° Sorriso (MT) com 113,9 casos por 100 mil habitantes;
2° Porto Velho (RO) com 113,6;
3° Boa Vista (RR) com 110,5;
4° Itaituba (PA) com 100,6;
Os dados apresentados têm como fonte a análise dos mais de oitenta mil boletins de ocorrência de estupro e estupro de vulnerável consumados em 2023 e registrados pelas Polícias Civis de todo o país