O debate sobre os efeitos das mudanças climáticas no estado e a necessidade de medidas preventivas e estruturantes foi destaque entre os parlamentares durante sessão realizada na manhã desta terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez um alerta sobre a urgência de ações para enfrentar as consequências da crise climática. Ele criticou a falta de preparo das autoridades estaduais, afirmando que, com o retorno das chuvas torrenciais no próximo ano, o governo não poderá alegar surpresa diante de novos episódios de alagamentos.
“A ciência está afirmando e reafirmando, e os incrédulos estão quebrando a cara. Estamos vivendo sob os efeitos da crise climática no estado”, destacou.
Magalhães ainda frisou que não será aceitável que a seca e os incêndios, previstos para o próximo verão, causem prejuízos ainda maiores sem que medidas protetivas sejam adotadas. Ele mencionou ações do governo federal, como a suspensão de bloqueios de recursos para o combate aos incêndios, e ressaltou que o Acre também deve anunciar suas próprias estratégias.
O deputado Pedro Longo (PDT) sugeriu a criação de uma comissão permanente na Aleac para tratar especificamente das mudanças climáticas e obras estruturantes relacionadas ao tema.
“Nós teríamos uma comissão trabalhando durante o ano inteiro, ouvindo especialistas e fiscalizando as atividades governamentais para minorar os efeitos que a população vem sofrendo”, afirmou Longo.
Ele acredita que a iniciativa proporcionaria um enfrentamento contínuo às questões climáticas, além de promover discussões e soluções mais amplas.
Já o deputado Arlenilson Cunha (PL) também propôs a criação de uma força-tarefa para investigar queimadas e incêndios criminosos no estado. Segundo ele, é necessário diferenciar queimadas de origem natural ou acidental dos incêndios provocados intencionalmente, que têm causado destruição em várias áreas do Acre.
“Sugiro que seja criada uma força-tarefa para investigar esses tipos de incêndio, que têm ocorrido em vários municípios do nosso estado”, defendeu Cunha