O deputado Edvaldo Magalhães, tornou a falar sobre o edital do concurso público da educação que está em andamento, durante sessão realizada na manhã desta quarta-feira, 16, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). De acordo com ele, os candidatos enfrentam dificuldades para se inscrever no processo seletivo devido às exigências técnicas elevadas para a gravação de videoaulas.
Magalhães enfatizou que muitos candidatos, especialmente aqueles que residem em áreas rurais, como os municípios de Jordão e Thaumaturgo, não dispõem das condições adequadas para atender às exigências do edital.
“É impressionante a pressão que estão sofrendo, sendo forçados a contratar estúdios e profissionais para garantir a qualidade técnica exigida. No entanto, o que mais preocupa é que a banca avaliadora não registrará as avaliações, dificultando qualquer recurso por parte dos candidatos”, afirmou o deputado.
Ele destacou que a falta de transparência na avaliação pode levar a fraudes, uma vez que não haverá registro dos critérios utilizados para a pontuação.
“Concurso sério deve garantir a possibilidade de recurso e a transparência nas avaliações. A atual estrutura do concurso fere esses princípios”, declarou Magalhães.
Edvaldo Magalhães anunciou que, na noite da última terça-feira, 15, protocolou uma ação anulatória com pedido de liminar para remover a exigência da videoaula como critério de classificação no concurso. Segundo ele, essa medida é crucial para garantir a ampla concorrência e a impessoalidade no processo de seleção.
“A educação deve ser tratada de forma justa, e as alterações no edital são essenciais para que todos tenham a chance de participar de maneira equitativa”, ressaltou Edvaldo.
O deputado também mencionou que, diferentemente de outras áreas, a educação conta com um programa de formação continuada, financiado pelo governo federal, para atualizar os professores. Ele argumentou que a Secretaria de Educação deve garantir que todos os candidatos, independentemente de suas condições, tenham a oportunidade de participar do concurso sem barreiras desnecessárias.
“Faço aqui um apelo para que a Secretaria volte atrás, retire a exigência da videoaula e garanta que o concurso respeite o princípio da ampla concorrência, julgando a capacidade dos candidatos de forma objetiva”, concluiu o deputado.