O Vice-Presidente da Associação de Moradores do Bairro Jardim América, Rafael do Vale, manifestou indignação ao tentar regularizar as mensalidades da associação junto à União das Associações de Moradores de Rio Branco (Umamrb) no dia 15 de outubro de 2024. Ao chegar à sede da entidade para realizar o pagamento, ele foi surpreendido ao ser informado de que a Associação de Moradores do Bairro Jardim América estava desfiliada da Umamrb.
Segundo Rafael, o Presidente da Umamrb, Jorge Wenderson, teria afirmado que a desfiliação ocorreu após a alteração do estatuto da associação, mas sem que houvesse qualquer solicitação formal ou convocação de Assembleia Geral, como previsto no estatuto da União.
“Eu não solicitei a desfiliação, e nem houve uma Assembleia Geral para tratar do assunto, que deveria ser convocada com 60 dias de antecedência”, explicou Rafael.
Rafael também destacou que a alteração no estatuto foi realizada com aprovação dos moradores do Jardim América, sem qualquer conflito com as normas da Umamrb. No entanto, foi informado que sua associação não faria mais parte da entidade.
“Isso tudo aconteceu porque vai ter a eleição da entidade e o meu nome estava surgindo como candidato. Parece que isso foi uma tentativa de me tirar da disputa”, disse Vale.
Na ocasião, o advogado da Umamrb, Márcio André, foi chamado para esclarecer a questão, mas, segundo Rafael, também não conseguiu apresentar nenhum artigo do estatuto que justificasse a exclusão da associação.
“Imprimiram o estatuto, mas nada ali confirma o que foi alegado. A única coisa que o estatuto estabelece são nossos direitos e deveres, incluindo o pagamento das mensalidades, que era justamente o que eu estava tentando fazer”, declarou.
Rafael também levantou preocupações quanto ao uso inadequado da sede da Umamrb, que pertence ao Governo do Estado. Ele afirmou que o prédio, que deveria servir à comunidade, tem sido utilizado por aliados do presidente Jorge Wenderson para festas, bebedeiras e farras, conforme circula entre grupos de líderes comunitários de Rio Branco.
“É um desrespeito com os contribuintes acreanos e com o propósito da entidade, que está abandonada e sendo usada para interesses particulares”, lamentou o vice-presidente.
Com as eleições da Umamrb previstas para fevereiro de 2025, Rafael teme que a exclusão seja uma manobra para impedir a participação do Bairro Jardim América no pleito. Ele afirmou que, para participar da eleição, é necessário que todas as atas da associação estejam registradas em cartório, além da regularização das mensalidades.
Rafael do Vale informou que a associação irá enviar um novo pedido à UMARB para quitar as dívidas pendentes e garantir sua legalização, buscando, assim, assegurar o direito de participação nas eleições e evitar que a decisão fique restrita a uma comunicação verbal.