Em meio a polêmica sobre o retorno ao trabalho presencial, empresas como Amazon, Dell e muitas outras, têm intensificado suas políticas, exigindo que funcionários voltem aos escritórios cinco dias por semana.
O CEO da Amazon Web Services, Matt Garman, foi direto ao abordar a questão, afirmando em uma reunião que, se os empregados não estivessem satisfeitos com a medida, deveriam buscar outras oportunidades.
“Se há pessoas que simplesmente não funcionam bem nesse ambiente e não querem, tudo bem, há outras empresas por aí”, disse Garman, de acordo com a Reuters. “A propósito, não digo isso de forma negativa”, continuou. Ele disse que queria que a equipe estivesse “em um ambiente onde estamos trabalhando juntos”.
Em fevereiro de 2023, cerca de 16 mil funcionários da Amazon se uniram a um canal do Slack e lançaram uma petição contra o pedido do CEO Andy Jassy, que determinava o retorno ao escritório “na maior parte da semana”, inicialmente três vezes por semana. Entretanto, em setembro deste ano, a exigência foi ampliada para cinco dias úteis, com implementação prevista para janeiro de 2025.
Por outro lado, a diretora de recursos humanos do Spotify, Katarina Berg, defende uma abordagem oposta. Ela afirmou que obrigar os funcionários a voltar aos escritórios seria “tratá-los como crianças”, reforçando o compromisso do Spotify com o trabalho remoto.
“Não se pode gastar tanto tempo contratando adultos e depois tratá-los como crianças”, declarou Berg, destacando que a empresa valoriza flexibilidade e liberdade. “O trabalho não é um lugar onde você chega, é algo que você faz”, completou.
Diferentemente da Amazon, que impõe a presença física, o Spotify oferece essa opção de maneira voluntária, com a exigência de que as equipes se reúnam presencialmente uma vez por ano para promover integração.
“Ao termos uma semana em que pequenas equipes viajam para se reunirem, podemos energizar as pessoas e ainda assim ter um impacto baixo nas alterações climáticas. Tem funcionado muito bem”, concluiu Katarina Berg.