O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou por unanimidade, nesta quinta-feira, 7, a resolução que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do Novo Ensino Médio (DCNEMs), alinhando-se à Lei 14.945 sancionada pelo presidente Lula em julho deste ano. As novas diretrizes, que deverão ser implementadas até o início de 2026, buscam tornar a educação média mais atrativa e reduzir a evasão escolar, com mudanças significativas no currículo e na carga horária.
A partir de 2026, as escolas deverão se adaptar a uma carga horária mínima de 3.000 horas para os três anos de ensino médio, ampliando de 2.400 horas. O novo formato divide a carga horária em dois blocos: o primeiro mantém as disciplinas tradicionais, como língua portuguesa, matemática, física, química, inglês, história e geografia, com 1.800 horas. O segundo bloco, destinado aos itinerários formativos, terá no mínimo 1.200 horas e permitirá aos estudantes escolher áreas de aprofundamento conforme seus interesses, como linguagens, ciências exatas ou sociais, ou ainda optar por formação técnica e profissional.
Esses itinerários têm como objetivo ampliar o aprendizado dos estudantes em áreas específicas, com a possibilidade de cursos técnicos ou preparatórios para o mercado de trabalho. Cada escola deverá oferecer ao menos dois itinerários formativos, permitindo que os alunos construam seu próprio percurso educacional com o apoio dos professores, alinhado aos seus projetos de vida.
O Ministério da Educação (MEC) já iniciou a formação de mais de 200 técnicos das secretarias de educação para desenvolver planos de ação locais, que irão guiar a implementação das novas diretrizes. Em nota, o MEC reforçou que a mudança visa promover uma educação mais relevante e alinhada às necessidades dos estudantes, ao mesmo tempo em que busca melhorar o desempenho nas avaliações nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) será o responsável pelos ajustes nas avaliações para que se adequem às novas diretrizes curriculares. O objetivo é garantir que o sistema educacional acompanhe as transformações propostas pela reforma do ensino médio, proporcionando um aprendizado mais dinâmico e alinhado às demandas do século XXI.
Com informações da Agência Brasil.
