O Rio Madeira, em Porto Velho (RO), registrou uma marca significativa de 3,17 metros, superando a cota crítica de 3 metros após enfrentar a pior seca de sua história. No mês passado, a estação local havia registrado uma mínima histórica de apenas 19 centímetros. As recentes medições confirmam as projeções do Serviço Geológico do Brasil (SGB), que previam uma recuperação gradual ainda em novembro.
Os dados fazem parte do acompanhamento hidrológico da Bacia do Rio Amazonas, divulgado no 48º Boletim de Monitoramento Hidrológico. As análises também indicavam o risco de o Madeira permanecer abaixo da cota crítica até a primeira quinzena de novembro, cenário que felizmente foi revertido com as chuvas mais recentes.
Além do monitoramento, o SGB oferece suporte aos municípios por meio de ferramentas como o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), que reúne dados sobre poços em todo o país. O objetivo é identificar fontes alternativas de abastecimento hídrico, especialmente em situações críticas como a enfrentada recentemente.
Outro trabalho relevante do SGB é o mapeamento de áreas de risco geológico, essencial para prevenir desastres e auxiliar no planejamento territorial. Essas iniciativas são cruciais para a gestão sustentável dos recursos e a segurança das populações vulneráveis.
O monitoramento do Rio Madeira e de outros cursos d’água na região é realizado por estações telemétricas e convencionais que integram a Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% dessas estações, disponibilizando informações por meio da plataforma SACE, que auxilia na prevenção de desastres e na gestão dos recursos hídricos.
A recuperação do Rio Madeira representa um alívio momentâneo para Porto Velho, mas reforça a importância de ações contínuas de monitoramento e planejamento para enfrentar desafios climáticos futuros.
Com informações Serviço Geológico do Brasil (SGB).