Comunidade do Carandá denuncia perigo com linhas chilenas e pede reforço na segurança do bairro

Moradores do Conjunto Carandá, em Rio Branco, procuraram os veículos de comunicação para relatar o uso de linhas chilenas e o aumento da desordem causada por grupos que frequentam a região.

Uma moradora, que preferiu se manter no anônimato, relatou o clima de medo que domina o bairro. “Mais uma vez, pedimos o apoio da fiscalização e da Polícia Militar. As linhas chilenas estão trazendo muitos transtornos para nós. Já fizemos diversos pedidos de ajuda e denúncias, mas até agora não fomos atendidos”, declarou.

De acordo com o relato, o uso das linhas tem provocado cortes em cabos de energia elétrica e internet, gerando prejuízos diários. Além disso, grupos de pessoas de diferentes bairros se reúnem para soltar pipas utilizando o material proibido, aumentando o risco de acidentes com ciclistas, motociclistas e pedestres.

Os moradores também relatam que o som alto de carros, a quebra de telhados e até invasões a residências têm tirado o sossego da vizinhança.

A preocupação é ainda maior porque as confusões acontecem próximas a uma creche e uma quadra esportiva. “Isso já ultrapassou todos os limites. Existe uma lei que proíbe essas linhas. Vão esperar acontecer uma tragédia?”, desabafou a moradora.

Essa não é a primeira vez que a situação é denunciada. No início de abril, outro morador já havia alertado sobre a presença de mais de 50 pessoas, uso de entorpecentes, consumo de bebidas alcoólicas e o perigo causado pelas linhas cortantes, que em outras ocasiões já provocaram ferimentos graves e mortes.

Na época, a Polícia Militar do Acre (PMAC) informou que realiza rondas diárias no bairro Carandá e que aumentaria o patrulhamento após as denúncias. A orientação é que situações em andamento sejam comunicadas pelo número 190 e que crimes já ocorridos sejam registrados por boletim de ocorrência na Polícia Civil.

No entanto, segundo os moradores, a falta de presença constante da polícia fez com que a situação piorasse novamente. A comunidade pede ações mais efetivas para garantir a segurança e a tranquilidade do bairro.