Pelo menos 30 sindicatos das áreas da Educação, Saúde e Segurança Pública se reuniram na semana passada e ameaçaram iniciar uma greve nos próximos dias. Os trabalhadores cobram do governo melhorias salariais e no plano de carreira, além do cumprimento de promessas feitas anteriormente.
O governador Gladson Cameli comentou sobre a situação e afirmou que já conversou com representantes de algumas categorias. No entanto, segundo ele, ainda não é possível atender todas as demandas, pois é necessário respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impõe limites aos gastos do governo.
“Primeiramente, eu sentei com algumas categorias. Ainda estou pagando o aumento que prometi. Eu preciso fechar o primeiro semestre para ver como vai reagir a economia. Tem uma lei de responsabilidade fiscal. O governo está dialogando com todos porque eu sou um governador que defende o servidor público e o sucesso de um governo depende de valorizar quem está na ponta”, afirmou Cameli.
O governador também destacou que é preciso ter responsabilidade para não comprometer o salário de todos os servidores do Estado. “Tem uma conta a pagar. Um mais um é dois. Vamos sentar com todas as categorias, mas eu não vou dar com uma mão e tirar com a outra. Estamos conversando para encontrar uma solução viável”, disse.
Gladson Cameli também comentou sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da Saúde, que atualmente está sendo discutido na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e na Casa Civil. Segundo ele, é direito dos trabalhadores da Saúde, assim como da Educação e de outras áreas, mas é preciso saber de onde virão os recursos para garantir os pagamentos.
“Se eu fizer alguma coisa sem responsabilidade, coloco em risco o pagamento de mais de 60 mil servidores públicos. Precisamos fechar o primeiro semestre para avaliar as finanças e só depois tomar uma decisão segura. O que eu não posso é levar um projeto para a Assembleia e ser impedido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A lei existe para ser cumprida”, concluiu o governador.