Fonte luminosa da Praça da Revolução é demolida menos de um ano após inauguração em Rio Branco

Menos de um ano após ser inaugurada com pompa e considerada pelo prefeito Tião Bocalom como símbolo de modernidade e lazer para Rio Branco, a fonte luminosa interativa da Praça da Revolução foi desativada e demolida devido a falhas estruturais graves.

O equipamento foi inaugurado em 5 de julho do ano passado, com custo de R$ 400 mil, prometendo 50 bicos de água, iluminação em LED e som sincronizado. No entanto, o que os moradores receberam foram rachaduras no piso, desníveis e um sistema hidráulico que, em apenas três meses, passou de 50 para apenas 10 bicos funcionando — e ainda com baixa pressão.

Antes da inauguração, o prefeito chegou a gravar um vídeo no local, afirmando:
— Vocês estão vendo aí? É a nossa Rio Branco. (…) O povo de Rio Branco merece.

A prefeitura agora classifica a demolição como “manutenção”, mas a profundidade das intervenções indica a necessidade de reconstrução. Segundo o município, a empresa contratada é responsável pelos reparos e não haverá custo adicional para os cofres públicos. Apesar disso, a obra já foi paga pelo contribuinte, que também arca com a frustração.

Durante o Carnaval, a situação se agravou quando um caminhão com um contêiner pesado foi colocado sobre a praça para atender à imprensa, aumentando os danos na estrutura.

Na chamada “reforma da reforma”, as pedras portuguesas do piso estão sendo retiradas com a promessa de recolocação. O projeto original da praça é assinado pelo renomado escritório Burle Marx, referência nacional em paisagismo. A instalação da fonte já havia comprometido o desenho original, especialmente o piso, executado por calceteiros especializados vindos do Rio de Janeiro — um trabalho que não pode ser refeito por qualquer pedreiro.

Foto do Instagram do jornalista Altino Machado.