O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-presidente Fernando Collor não pode deixar o Brasil e teve seu passaporte diplomático suspenso. A decisão foi tomada a pedido da Polícia Federal (PF), que também solicitou a inclusão do nome de Collor na lista de impedimento de saída do país, usada pelos sistemas de controle migratório.
Collor, que atualmente cumpre prisão domiciliar, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato. Ele foi preso em abril, inicialmente em regime fechado, mas passou à prisão domiciliar por ter 75 anos e apresentar problemas de saúde.
Mesmo com a prisão em casa, a PF pediu medidas extras para evitar que ele deixe o país, destacando que a suspensão do passaporte por si só não impede viagens internacionais, pois há outros documentos que poderiam ser usados.
Além disso, Collor está obrigado a usar tornozeleira eletrônica e não pode receber visitas, exceto de seus advogados ou de pessoas autorizadas pelo STF. Sua defesa tenta reverter a decisão, alegando que ele sofre de doenças como Parkinson, apneia do sono e transtorno bipolar. Ainda assim, o STF manteve as restrições, entendendo que, apesar dos problemas de saúde, a justiça deve ser cumprida.