O nível do Rio Acre segue em queda contínua e preocupa as autoridades. Neste domingo (10), o manancial registrou uma nova baixa de seis centímetros, atingindo 1,34 metro em Rio Branco, segundo a Defesa Civil. A marca está a apenas 11 centímetros da menor cota histórica já registrada na capital acreana — 1,23 metro, em setembro de 2024.
Há 24 dias consecutivos, o principal afluente do estado não apresenta nenhuma elevação no nível, agravando a situação de seca. No dia 17 de julho, o rio marcava 1,69 metro. Desde então, os registros mostram uma sequência de quedas, com uma breve estabilidade entre os dias 26 de julho e 3 de agosto, quando ficou em 1,55 metro, antes de voltar a diminuir.
A seca é potencializada pela escassez de chuvas: apenas 8,4 milímetros foram registrados nos primeiros dez dias de agosto, e somente 8 milímetros em todo o mês de julho, volumes muito abaixo da média para o período.
Decreto de emergência
Diante do agravamento da estiagem, o governo do Acre decretou situação de emergência na última quarta-feira (6), com validade de 180 dias. O decreto aponta que o baixo nível dos rios compromete a navegação de embarcações, isola comunidades ribeirinhas e dificulta o abastecimento de alimentos, combustíveis e outros bens essenciais.
A situação tem impacto direto na logística e no cotidiano das populações que dependem dos rios como única via de transporte, especialmente em áreas de difícil acesso.
