O secretário de Governo, Luiz Calixto, comentou sobre a ação do Executivo que pede o afastamento da conselheira Naluh Gouveia da relatoria das contas do Estado. Calixto destacou que não há conflito com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas questionou posturas específicas da conselheira.

“Não há problema nenhum entre o Governo do Estado e o Tribunal de Contas. Mantemos uma relação institucional saudável, respeitosa e transparente. A questão é pontual, relacionada a algumas atitudes da conselheira Naluh Gouveia. Às vezes, não fica claro se ela está agindo como conselheira ou como militante política”, afirmou.
O secretário considerou grave a suposta declaração de Naluh em um evento público, onde teria chamado o governador Gladson Cameli de “assassino”.
“Esse não é um termo adequado para um conselheiro ou magistrado se referir a um governador. Se existem irregularidades, que sejam apuradas e punidas. Se há inconsistências, que se solicitem correções. Mas atribuir uma acusação tão pesada como essa é inaceitável”, disse Calixto.
Ele também mencionou o histórico político da conselheira, que já foi deputada pelo PT.
“Naluh foi uma deputada muito aguerrida, é o estilo dela, mas ela precisa compreender que hoje ocupa outro cargo. Não é mais parlamentar, e sim conselheira do TCE, uma instituição que respeitamos e cujas recomendações seguimos. Questionamentos fazem parte, mas é fundamental manter a liturgia do cargo”, destacou.
Por fim, Calixto reforçou a importância do respeito às instituições:
“Um conselheiro não pode agir como ativista. Sua responsabilidade é julgar com isenção a probidade, a legalidade e a transparência da gestão pública. Cabe ao colegiado do TCE decidir sobre o afastamento, garantindo o direito de defesa da conselheira. O que não podemos admitir é que o governador seja rotulado de assassino enquanto investe recursos para o bem do Estado”, concluiu.